quarta-feira, 28 de abril de 2010

Não é nada, é só tristeza mesmo...


Não é nada, é só uma dor que não passa.
Uma ferida que não se fecha, um mal para qual não há cura.
Não é nada demais além dessas coisas, ligadas às dores de falsos amores.
Não é nada, é só solidão fazendo morada aqui dentro.
Em um coração vazio e cansado sempre machucado.
Não é nada, eu garanto, é só desilusão, desencanto.
Fazendo rolar o pranto encharcando a alma, errante, errada, desvairada.
Não é nada, não se preocupe.
É só um pesadelo sem fim que tomou conta de mim...

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Hora do Mergulho!



Feche a porta, esqueça o barulho.
Feche os olhos, tome ar: é hora do mergulho...
Eu sou moço, seu moço, e o poço não é tão fundo.
Super-homem não supera a superfície.
Nós mortais viemos do fundo.
Eu sou velho, meu velho, tão velho quanto o mundo.


EU QUERO PAZ!!


Uma trégua, do lilás-neon-Las Vegas.
Profundidade: 20.000 léguas.
"Se queres paz, te prepara para a guerra"
"Se não queres nada, descanse em paz"
"LUZ" - Pediu o poeta.
(últimas palavras, lucidez completa)


Depois: silêncio!


Esqueça a luz... respire o fundo.
Eu sou um déspota esclarecido.
Nessa escura e profunda mediocracia!



sábado, 24 de abril de 2010

Espelho.



O mais velho de um sonho.
Gélido, mas doce e tentador.
Do além você alcança minha mão.
Venha mais perto, siga-me...
Você quer pagar o preço para ver o que o futuro trará.
Está noite te ouço sussurrar no interior de minha mente.
Memórias da vida...
Misturam-se com memórias da morte.
Lá fora é tudo a mesma coisa.
Não me deixe agora, não agora.
Venha aqui para o outro lado, atrás desse espelho.
Me faça viver novamente.
Me faça sentir de novo, o que um dia arrancaram de mim!

Minha tristeza...


Fico triste quando os conflitos aparecem e eu não sou grande o bastante para lidar com eles.
Tenho asas mas ainda não sei voar... ou melhor, tinha asas e me sentia apenas conseguir flutuar, levemente.
Julgava-te 'avenca', borboleta livre com asas brilhantes.
Eu flutuava, agora rastejo.
'Avenca' tornou-se árvore gigante, partiu.
O sorriso virou ferida, agora sangra.
Sofro, e essa dor desgraçadamente me atormenta.
Para contá-la, ao violão faltaria cordas, a mim faltaria a voz.
Ao riso, simpatia.
Aliás, alguém sabe me dizer quanto tempo leva para cicatrizar um sorriso?!
Se asas brotam e se 'avencas' lembram do caminho de volta?!